Iberê Camargo iniciou seus estudos ainda no Rio Grande do Sul, na Escola de Artes e Ofícios da Cooperativa da Viação Férrea de Santa Maria. Já em Porto Alegre, estudou pintura de forma autodidata, com breve orientação de João Fahrion. Em 1942 chegou ao Rio de Janeiro, onde ingressou na Escola Nacional de Belas-Artes. Frustrado com o academismo vigente, abandonou a Escola e, por recomendação de Candido Portinari, passou a frequentar o curso livre de Alberto da Veiga Guignard. Em 1953 fundou o Curso de Gravura em Metal no Instituto Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro, lecionando mais tarde essa técnica em permanências mais ou menos longas em Porto Alegre e em outras cidades, inclusive do exterior. Em Porto Alegre, foi um dos grandes incentivadores para a criação do Atelier Livre. Em 1948, Iberê e Maria Coussirat viajaram para a Europa, onde permaneceram durante dois anos e meio. Em Roma, Iberê estudou pintura com Giorgio de Chirico, gravura com Carlo Alberto Petrucci e materiais com Leoni Augusto Rosa. Em Paris, freqüentou a Academia André Lhote, atraído tanto pela leitura do Tratado da Paisagem quanto pela fama de grande professor que esse possuía.
Embora Iberê tenha estudado com figuras representativas de variadas correntes estéticas, não se pode afirmar que tenha se filiado a alguma. Suas obras estiveram presentes, e sempre representadas, em grandes exposições pelo mundo inteiro, como na Bienal de São Paulo e na Bienal de Veneza. Iberê Camargo foi uma grande referência para a arte gaúcha e brasileira em geral.[2]
Iberê teve apenas uma filha, Gerci, fruto de um romance passageiro na década de 1930. Gerci Camargo deu-lhe dois netos, Carlos Iberê e Doralice, e três bisnetos.
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