Juza Graça
Depoimento
Portifólio
Juza Graça (1962) vive e trabalha em Belo Horizonte, MG.
Formação
2023 Pós-Graduação, Artes Plásticas e Contemporaneidade, Escola Guignard, Belo Horizonte, MG 2001 Graduação, Artes Plásticas - Escola Guignard, Belo Horizonte, MG
1986 Ciências Econômicas, PUC, MG
Extensão
2017 Grupo Trilha/Coletivo 2e1 – Carolina Paz – São Paulo (SP) / Nova York (EUA) 2015 Aquarela – Rubens Matuk – Ateliê Priscila Mainere – São Paulo (SP)
2011 Grupo de Estudos de Desenho – Márcia Cymbalista – Ateliê A Pipa – São Paulo (SP)
2009 Arte Contemporânea – Direções Recentes – Agnaldo Farias – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP) 2009 Leitura de Portfólio – Agnaldo Farias e Dudi Maia Rosa – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP) 2008 Aquarela – Dudi Maia Rosa – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP)
2007 Instalação e o Espaço Contemporâneo – Laura Vinci – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP) 2006 História da Arte Contemporânea – Agnaldo Farias – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP) 2005 Pintura Contemporânea – Paulo Pasta – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP)
2003 Aquarela - Alex Cerveny – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo (SP) 2002 Escultura - Daniel Acosta – Mube – – São Paulo (SP)
1999 Desenho – Isaura Pena – Escola Guignard – Belo Horizonte (MG) 1998 Festival de Inverno de Ouro Preto – Mário Zavágli – Ouro Preto (MG)
1997 Festival de Inverno de Ouro Preto, Eco-Arte Reflexão e Prática - Frans Kracjberg – Ouro Preto (MG)
Coletivas
2023 Cultivando Incertezas – Galeria Escola Guignard – Belo Horizonte (MG) 2013 20 o . Salão de Artes de Praia Grande – Praia Grande (SP)
2012 Museu de Arte de Goiânia – Exposições 2012 – Goiânia (GO) 2009 2º. Salão FUNDARTE/ SESC de Arte 10x10 - Montenegro (RS) 2007 13º. Salão UNAMA de Pequenos Formatos - Belém (PA)
2006 ATOS VISUAIS 2006 – FUNARTE - Brasília (DF)
2006 I Bienal da Aquarela Brasileira em Abrantes (Portugal)
2004 Programa Anual de Exposições - Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) 2001 CIRCUNSTÂNCIAS – Escola Guignard – Belo Horizonte (MG)
2001 DOIS PONTOS, CEMIG - Belo Horizonte (MG)
1999 S/T, Jayme Peconick - Belo Horizonte (MG)
1997 UFMG e Anexo do Museu da Inconfidência de Ouro Preto (MG)
Individual
2008 Destinos Remotos - Galeria Tella, Belo Horizonte (MG)
Prêmios
2001 Escola Guignard – Escultura, “Mil Folhas”, Belo Horizonte (MG)
Feiras
2019 A Outra Feira, Casa do Jasmim, Curadoria Lilian Bado, São Paulo (SP)
@juzagraca juzagraca@hotmail.com
Segunda Natureza
Desenvolvido a partir da experimentação pictórica, o meu trabalho atual dedica-se a investigar os limites da Pintura de Paisagem (óleo sobre tela) – imaginária e experimental – como gênero de representação.
A pintura de paisagem contemporânea procura discutir a percepção de imagens na contemporaneidade, assim como desconstruir os processos tradicionais de compreensão daquele gênero.
Meu trabalho parte de uma intenção inicial de imagem – uma imagem-pretexto pensada a partir de um arquivo imagético que se transforma ao longo do processo de criação, origina-se no processo, na experiência, com destaque para as massas de cores que se deslocam à procura de uma composição definitiva.
Por vezes, o contraste entre essas massas de cores permite o surgimento de tensões inauguradas pela justaposição entre figuração e abstração, clareza de significado e ambiguidade. Esta tensão produz dois resultados. Em primeiro lugar, uma atmosfera de suspensão ou flutuação das formas – suscitando uma sutil impressão de imagens lunares, propondo um paradoxo entre leveza e elementos pesados, como pedras e montanhas. Em segundo lugar, o espaço natural sugere uma paisagem espacial – onde a natureza não está sujeita às intempéries que, no mundo orgânico, a modificam e transformam.
No espaço estético do meu trabalho, o elemento fundamental é a introdução das massas de cores. Os campos de cores definem formas e criam acomodações entre elas, elaborando associações mentais por meio das relações de concordância, subordinação e ordem que se resolvem na própria tela. Nesta etapa, minhas pinturas surgem como projetos. São construções organizadas por meio das relações entre os campos de cor. Os pontos de luz são inseridos com certa parcimônia pelos tons mais claros, não havendo relação de luz e sombra, pois penso cada cor como sua própria fonte de luz. Muitas vezes, os pontos de luz dão a chave de entrada para o espaço pictórico.
Pintar no século XXI pressupõe lidar com pensamentos contemporâneos entre os quais está a relação com o espectador, uma vez que as interpretações destes se tornam parte integrante da obra, a despeito das minhas intenções. a princípio, o espectador é seduzir pelas massas de cores e, num segundo momento, deve pensar sobre a paisagem e como se relaciona com ela.